quarta-feira, 12 de março de 2008

Notas sobre um escândalo

um escan Existem vários motivos para classificar o filme “Notas Sobre um Escândalo” como um filme instigante. Primeiro porque é incontestável o considerarmos como um ótimo filme: o elenco está impecável, desde as excelentes atrizes Cate Blanchett e Judi Dench, até os coadjuvantes Andrew Simpson e Bill Nighy. O roteiro de Patrick Marber é envolvente e nos faz percorrer pela trama sem querer perder nenhum detalhe, porém a direção de Richard Eyre equivocou-se em querer tranformar um filme denso, que mostra relações humanas cheias de emoções, carências, amizade e solidão, num thriller nos estilos mais comerciais de Hollywoodhttp://www.revistacinetica.com.br/berlim5.htm.
Bom, o filme narra sobre a chegada de uma jovem professora de artes, Sheba Hart ( Cate Blanchett ) numa escola, e o início de sua amizade com a experiente professora Bárbara (Judi Dench): ela tenta fazer as honras da casa com jovem, porém com muito interesse por trás disso. Sheba é casada com um homem muito mais velho ( Bill Nighy ) e têm dois filhos: uma adolescente e um menino com síndrome de Dawn. A personagem de Judi Dench é uma solitária, extremamente observadora e descreve tudo que acontece na sua vida em diários.
A trama começa a esquentar quando Bárbara, já em vias de se tornar a grande amiga de Sheba, vê a jovem professora fazendo sexo com um aluno da escola de apenas 15 anos ( Andrew Simpson). A partir daí Bárbara exige o término do relacionamento e mantém amizade como se Sheba devesse algo para ela, por ter mantido o segredo. Sheba, apaixonada, não consegue por fim ao romance e a obsessão de Bárbara aumenta.
Se você assistir o filme e o achar parecido com “As Horas”, não se assuste. Notas Sobre um Escândalo tem a trilha sonora de Philip Glass, o mesmo de as “As Horas”. Porém em “ Notas Sobre um Escândalo” Philip Glass exagerou, criando no filme numa atmosfera de suspense o tempo todo. Outra semelhança é a sutileza em insinuar o interesse lésbico por parte das pesonagens. Calma, não vou contar o final, longe disso! Mas transformar o personagem de Judi Dench, complexo, denso , constrangedor, delicado e pertubador em uma megera exploradora de jovens mulheres foi patético. Apesar de tudo valeu as quatro indicações do Oscar.****


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